domingo, 28 de novembro de 2010

A mumificação de Evita Perón

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Eva morreu 26 de julho de 1952 e no mesmo dia o Dr. Ara, espanhol, radicado na Argentina, fez uma preparação provisória no corpo para que ele suportasse intacto os 16 dias que durou seu funeral. Em seguida ele deu início ao trabalho de conservação definitiva que durou aproximadamente um ano, dando-o por terminado em 1953. Enquanto isso, aguardava a construção do mausóleu que acomodaria o corpo.

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CORPO MUMIFICADO DE EVITA
Perón foi depoisto e Pedro Eugenio Aramburu foi surpreendido com a indefinição em relação ao destino do cadáver de Evita, que permanecia sob a guarda do Dr. Pedro Ara, supondo que ela já estivesse enterrada. Irritado, nomeou o tenente-coronel Carlos Eugênio de Moori Koenig, chefe do serviço de inteligencia do exército, para liquidar o assunto, recomendando apenas que o cadáver de Evita, por razões religiosas fosse enterrado, mesmo que secretamente, segundo os ritos do cristianismo.

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Dr. Pedro Ara se livrou do corpo mas não dos problemas, das intrigas e conspirações e o cadáver de Eva Perón iniciou aí um dos mais estarrecedores, impressionantes e arrepiantes trajetos que tem notícia. Depois de receber a incumbência de dar um destino ao cadáver de Eva Perón a vida do Coronel Carlos Eugênio de Moori Koenig desmoronou.

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O CARISMA POLÍTICO E A POPULARIDADE DE EVITA ERAM EXTRAORDINÁRIOS
Moorri designou um oficial seu subordinado para guardar o corpo de Evita no porão de sua casa, já que as ameaças de peronistas de o raptar estavam se tornando muito arriscadas para ele. Postergando a decisão do que fazer com o cadáver, Moori Koenig foi acusado de ter-se apaixonado por Eva depois de morta. De fato, suas atitudes foram se tornando cada vez mais estranhas e bizarras. Separou-se da esposa, tornou-se alcoólatra, não trabalhava, vivia pelas ruas, dormindo em bancos de praças e terminou seus dias louco. Testemunhas dizem que centenas de velas apareciam misteriosamente nas redondezas dos locais onde o corpo se achava escondido. O subordinado incumbido de cuidar de Eva passava as noites no porão de sua casa velando, admirando o corpo, encantado com sua preservação. Numa madrugada ouviu ruidos vindos do porão onde se encontrava o corpo. Supondo serem peronistas tentando raptá-lo, armou-se de uma carabina e desceu ao local. Vendo ali um vulto se movimentar disparou a arma sobre ele. Ao acender a luz descobriu horrorizado que acabara de assassinar a própria esposa, grávida de 6 meses. Ela andava incomodada com o mistério do que se escondia naquele porão, que o marido dizia se tratar de documentos secretos do exército.

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Quando o Presidente Aramburu foi informado dos acontecimentos, transferiu a responsabilidade sobre a destinação do corpo de Eva Perón para o coronel Héctor Cabanillas. Mobilizando a Igreja argentina, através do arcebispo de Buenos Aires e do Núncio Apostólico da Argentina em Roma, amparados pela concordância do então Papa Pio XII, ela foi finalmente enterrada numa sepultura no cemitério de um convento de freiras em Milão sob o falso nome de Maria Maggi de Magistris, suposta imigrante italiana falecida na Argentina.

No trajeto do corpo por Buenos Aires em direção ao aeroporto de Ezeiza com destino a Itália, feito numa caixa de equipamentos de rádio, vários engarrafamentos incomuns no trânsito aconteceram, vários acidentes obstruiram ruas, inclusive um com o próprio veículo que transportava o corpo, que por pouco não é atirado na rua.

Feito o enterro, o presidente Aramburu depositou em cartório um documento lacrado informando a operação, o local do sepultamento, as pessoas envolvidas e uma determinação expressa de que ele só poderia ser aberto após a sua morte.

Perón voltou à Argentina em 1973 e foi reeleito presidente, tendo a terceira mulher, Isabelita Perón, como vice. Após sua morte, em 1974, Isabelita Perón trouxe o corpo de Evita para a Argentina onde foi exposto novamente por um breve período. Foi então enterrada novamente no mausoléu da família Duarte no cemitério da Recoleta, na cidade de Buenos Aires.

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